Enciclopédia da Música Portuguesa
A "Enciclopédia da Música em Portugal no século XX" foi apresentada quinta-feira no Teatro S. Carlos em Lisboa, constituindo o corolário de "um afincado trabalho" de 13 anos sob a direcção da etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco.
Segundo a investigadora da Universidade Nova de Lisboa, esta é uma obra fulcral e que fazia falta à bibliografia, mas "é antes de mais um ponto de partida para fazer mais e melhor".
Anteriormente a esta obra citam-se três títulos, o mais recente de 1998, "mas nenhum não tão abragente como esta enciclopédia que integra o pop-rock, fado, jazz, música popular e erudita, resultado de um afincado trabalho de 13 anos, tendo levado três anos a decidir quais as entradas mais apropriadas".
A enciclopédia em quatro volumes, num total de 15 000 páginas com 1250 entradas relativas a diferentes géneros musicais, artistas, revistas, compositores, instrumentos, institutos e escolas, entre outros.
O último volume, explicou à Lusa Salwa Castelo-Branco, tem um ensaio relativo aos grupos e artistas da década de 1990. "Este ensaio refere-se a um conjunto de artistas e grupos de grande proeminência na década de 1990, mas cuja perspectiva da importância da sua carreira só foi possível ver mais tarde, e este ensaio com entradas estruturantes como fado, Política Cultural e Música Popular, é assinado por vários especialistas, e dá conta desses desenvolvimentos", explicou a investigadora.
Colaboraram nesta enciclopédia 155 especialistas, sendo o musicólogo Rui Vieira Nery consultor principal, além dos consultores internacionais Dieter Christensen e Gérad Béhague, que "dão um olhar mais crítico e ajudaram a ter uma perspectiva mais articulada da realidade em que se estava imerso".
"O trabalho de Rui Vieira Nery foi essencial ao ajudar-nos a definir entradas, a validar e corrigir dados, a rever textos, etc..", disse Castelo-Branco.
Por detrás da enciclopédia que será editada em conjunto pelo Círculo de Leitores e a Temas e Debates até ao final do ano, com a saída de um volume por trimestre, está uma "base de dados relacional" projectada e organizada por António Tilly, que inclui 5000 entradas com textos, bibliografia, biografias, iconografia, lista de obras e até discografia.
"Trata-se de uma base de dados relacional na medida em que possibilita ligações com outras bases, e permite não só armazenar dados como actualizar constantemente, e estará a cargo do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa", explicou Salwa Castelo-Branco.
O primeiro volume - da letra A à C - abre com Joaquim Azinhal Abelho, foclorista nascido na Orada (Borba) e que realizou várias campanhas de compilação de poesia e teatro populares, e termina com “Conservatórios de Música”.
Entre outras entradas, este primeiro volume integra Mara Abrantes, Laura Alves, António Brojo, Palmira Bastos, Pedro Barroso, Tomás Alcaide, José Afonso ou Pedro Abrunhosa.
Este volume inclui ainda um CD que "reúne alguns dos eixos fundamentais da produção musical da Emissora Nacional", integrando, entre outros, Amália Rodrigues, a cançonetista Maria de Fátima Bravo, a Orquestra Ligeira da Emissora sob a direcção de Tavares Belo, o Sexteto Vocal Masculino da Emissora, o Coro do Liceu Camões, José Afonso e a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional sob a direcção de Fredereico de Freitas ou de Silva Pereira.
A “Enciclopédia da Música em Portugal no século XX” foi apresentada quinta-feira no Teatro São Carlos por Anthony Seeger, da Universidade da Califórnia, Rafael Menezes Bastos, da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil) e Rui Vieira Nery.
A sessão de apresentação incluiu a participação musical de Bernardo Sassetti, Sérgio Godinho, Tito Paris, e Carlos do Carmo.
Segundo a investigadora da Universidade Nova de Lisboa, esta é uma obra fulcral e que fazia falta à bibliografia, mas "é antes de mais um ponto de partida para fazer mais e melhor".
Anteriormente a esta obra citam-se três títulos, o mais recente de 1998, "mas nenhum não tão abragente como esta enciclopédia que integra o pop-rock, fado, jazz, música popular e erudita, resultado de um afincado trabalho de 13 anos, tendo levado três anos a decidir quais as entradas mais apropriadas".
A enciclopédia em quatro volumes, num total de 15 000 páginas com 1250 entradas relativas a diferentes géneros musicais, artistas, revistas, compositores, instrumentos, institutos e escolas, entre outros.
O último volume, explicou à Lusa Salwa Castelo-Branco, tem um ensaio relativo aos grupos e artistas da década de 1990. "Este ensaio refere-se a um conjunto de artistas e grupos de grande proeminência na década de 1990, mas cuja perspectiva da importância da sua carreira só foi possível ver mais tarde, e este ensaio com entradas estruturantes como fado, Política Cultural e Música Popular, é assinado por vários especialistas, e dá conta desses desenvolvimentos", explicou a investigadora.
Colaboraram nesta enciclopédia 155 especialistas, sendo o musicólogo Rui Vieira Nery consultor principal, além dos consultores internacionais Dieter Christensen e Gérad Béhague, que "dão um olhar mais crítico e ajudaram a ter uma perspectiva mais articulada da realidade em que se estava imerso".
"O trabalho de Rui Vieira Nery foi essencial ao ajudar-nos a definir entradas, a validar e corrigir dados, a rever textos, etc..", disse Castelo-Branco.
Por detrás da enciclopédia que será editada em conjunto pelo Círculo de Leitores e a Temas e Debates até ao final do ano, com a saída de um volume por trimestre, está uma "base de dados relacional" projectada e organizada por António Tilly, que inclui 5000 entradas com textos, bibliografia, biografias, iconografia, lista de obras e até discografia.
"Trata-se de uma base de dados relacional na medida em que possibilita ligações com outras bases, e permite não só armazenar dados como actualizar constantemente, e estará a cargo do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa", explicou Salwa Castelo-Branco.
O primeiro volume - da letra A à C - abre com Joaquim Azinhal Abelho, foclorista nascido na Orada (Borba) e que realizou várias campanhas de compilação de poesia e teatro populares, e termina com “Conservatórios de Música”.
Entre outras entradas, este primeiro volume integra Mara Abrantes, Laura Alves, António Brojo, Palmira Bastos, Pedro Barroso, Tomás Alcaide, José Afonso ou Pedro Abrunhosa.
Este volume inclui ainda um CD que "reúne alguns dos eixos fundamentais da produção musical da Emissora Nacional", integrando, entre outros, Amália Rodrigues, a cançonetista Maria de Fátima Bravo, a Orquestra Ligeira da Emissora sob a direcção de Tavares Belo, o Sexteto Vocal Masculino da Emissora, o Coro do Liceu Camões, José Afonso e a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional sob a direcção de Fredereico de Freitas ou de Silva Pereira.
A “Enciclopédia da Música em Portugal no século XX” foi apresentada quinta-feira no Teatro São Carlos por Anthony Seeger, da Universidade da Califórnia, Rafael Menezes Bastos, da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil) e Rui Vieira Nery.
A sessão de apresentação incluiu a participação musical de Bernardo Sassetti, Sérgio Godinho, Tito Paris, e Carlos do Carmo.
Agência lusa, com ligeiras alterações.
1 Comentários:
Isso é mesmo verdade? Não serão antes 300 páginas por volume? Penso que isso dá um zero a menos nos 15 000 apresentados (e já na notícia veiculada pela Antena 2 penso que repetiram o erro...).
Alguém sabe tirar a dúvida? Obrigado.
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