Já tive a oportunidade de ouvir o Álbum de Cristina Cruz.
Trata-se, sem dúvida, de um trabalho pioneiro, irreverente e renovador.
E quando me refiro a renovador, faço-o numa dupla vertente: se por um lado "quebra as barreiras" construídas à volta do Fado de Coimbra apenas ser interpretado por Homens, o que é, já por si, uma grande vitória e realçam a mudança dos tempos, essencialmente, porque hoje, o índice de mulheres no Ensino Superior é avassalador; por outro lado, a renovação implica tão somente o despertar para a nova realidade académica, sabendo-se a priori que os temas, o romantismo, a "eterna saudade" e o "morrer de amor", o som das Guitarras Portuguesas e das Guitarras Clássicas, os estudos a solo destes instrumentos não pretendem criar uma ruptura com o passado ou mesmo desvirtuar o que foi conquistado em mais de sete séculos de existência da Universidade de Coimbra. Antes, permitir e transmitir a ideia de que o Fado, tal como a Vida não é estático, nem se cristaliza no tempo, pode adormecer... No entanto, cabe a todos nós, amantes do dito Fado erudito, que é o Fado de Coimbra, imortalizá-lO! Ora, a remanescência do que outrora foi o "canto dos rouxinóis à luz do luar para conquistar as Tricanas", hoje é extremamente ambíguo, porém, penso que é consentânea a ideia de que o Fado não pode perder-se na sua raíz, por isso tem de ser vivido intensamente e com paixão... Venha de quem vier o sentimento, o que é certo é que não provem apenas dos corações masculinos, a mulher, mais do que apreciar que lhe cantem, gosta de retribuir, cantando, amando o Fado, o nosso Fado...
Pode parecer muito prosaico o que escrevo ou uma maldade atroz, todavia, cresci a ouvir, a cantar, a experenciar, a amar o Fado de Coimbra... e não são raras as vezes que hoje ainda me emociono a ouvir cantar e tocar o Fado de Coimbra, porque me identifico com o Sentimento, com a Alma, com a verdadeira génese do Fado, como se eu própria fosse parte do Fado que se canta, que se ouve... Como se houvesse um inexplicável íman que me impulsiona a ouvir, a viver, a sofrer, a sentir, a encarnar, a transmitir todo este Fado que em mim resiste e deseja por comunicar, por se expressar, por encontrar compreensão de entre aqueles que ouvem, que decifram, mais do que uma simples estrofe, o verdadeiro sentido que nos asfixia e "grita" por um eco, que acabe por nos aceitar, por compreender a necessidade que se reveste na personagem que canta o Fado de Coimbra...
Se tenho vivido em sonho e ilusão, esses tempos têm sido doces e felizes...
Eu adoro ouvir Fado de Coimbra, todavia, admito-o adoro cantar e sentir o Fado de Coimbra...
Assim Deus me dê uma oportunidade e abrirei minhas asas cantando, por todo o Mundo, o sentimento, a alma do Fado de Coimbra...
Perdoe a ousadia, mas teria muito gosto que ouvisse os «Via Latina» actuar, sobretudo, agora, na sua "versão feminina"!!!
Por isso, quando tiver gravados alguns temas, enviar-lhos-ei de coração aberto...
Trata-se, sem dúvida, de um trabalho pioneiro, irreverente e renovador.
E quando me refiro a renovador, faço-o numa dupla vertente: se por um lado "quebra as barreiras" construídas à volta do Fado de Coimbra apenas ser interpretado por Homens, o que é, já por si, uma grande vitória e realçam a mudança dos tempos, essencialmente, porque hoje, o índice de mulheres no Ensino Superior é avassalador; por outro lado, a renovação implica tão somente o despertar para a nova realidade académica, sabendo-se a priori que os temas, o romantismo, a "eterna saudade" e o "morrer de amor", o som das Guitarras Portuguesas e das Guitarras Clássicas, os estudos a solo destes instrumentos não pretendem criar uma ruptura com o passado ou mesmo desvirtuar o que foi conquistado em mais de sete séculos de existência da Universidade de Coimbra. Antes, permitir e transmitir a ideia de que o Fado, tal como a Vida não é estático, nem se cristaliza no tempo, pode adormecer... No entanto, cabe a todos nós, amantes do dito Fado erudito, que é o Fado de Coimbra, imortalizá-lO! Ora, a remanescência do que outrora foi o "canto dos rouxinóis à luz do luar para conquistar as Tricanas", hoje é extremamente ambíguo, porém, penso que é consentânea a ideia de que o Fado não pode perder-se na sua raíz, por isso tem de ser vivido intensamente e com paixão... Venha de quem vier o sentimento, o que é certo é que não provem apenas dos corações masculinos, a mulher, mais do que apreciar que lhe cantem, gosta de retribuir, cantando, amando o Fado, o nosso Fado...
Pode parecer muito prosaico o que escrevo ou uma maldade atroz, todavia, cresci a ouvir, a cantar, a experenciar, a amar o Fado de Coimbra... e não são raras as vezes que hoje ainda me emociono a ouvir cantar e tocar o Fado de Coimbra, porque me identifico com o Sentimento, com a Alma, com a verdadeira génese do Fado, como se eu própria fosse parte do Fado que se canta, que se ouve... Como se houvesse um inexplicável íman que me impulsiona a ouvir, a viver, a sofrer, a sentir, a encarnar, a transmitir todo este Fado que em mim resiste e deseja por comunicar, por se expressar, por encontrar compreensão de entre aqueles que ouvem, que decifram, mais do que uma simples estrofe, o verdadeiro sentido que nos asfixia e "grita" por um eco, que acabe por nos aceitar, por compreender a necessidade que se reveste na personagem que canta o Fado de Coimbra...
Se tenho vivido em sonho e ilusão, esses tempos têm sido doces e felizes...
Eu adoro ouvir Fado de Coimbra, todavia, admito-o adoro cantar e sentir o Fado de Coimbra...
Assim Deus me dê uma oportunidade e abrirei minhas asas cantando, por todo o Mundo, o sentimento, a alma do Fado de Coimbra...
Perdoe a ousadia, mas teria muito gosto que ouvisse os «Via Latina» actuar, sobretudo, agora, na sua "versão feminina"!!!
Por isso, quando tiver gravados alguns temas, enviar-lhos-ei de coração aberto...
Ana Marisa Lage
(Em cima, parte de um mail enviado por Ana Marisa Lage)
Poderá ouvir 0 grupo referido, no site a seguir:
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1 Comentários:
Chamo-me Susana Francisco e sou licenciada em Animação Cultural.
Possuo um blog pessoal, intitulado: "Rumos da Animação Sociocultural"
e também colaboro pontualmente na revista: "Práticas da Animação" que
se encontra on-line.
Actualmente encontro-me e realizar um trabalho escrito, de âmbito
pessoal, acerca de algumas actividades realizadas pelo FAOJ e, ao que
pude constactar este organismo estabeleceu diversas delegações
regionais por diversas regiões do pais.
O que pretendia era que, se fosse possível, era que me enviasse
algumas informações acerca do apoio dado pelo faoj aquando da restauração das tradições da guitarra de coimbra nos anos 80.
Estas informações iram-me permitir continuar com a minha pesquisa e perceber o
ambito de actuação deste organismo.
Sem mais de momento, desde já agradeço a atenção disponibilizada por
V. Ex. neste meu contacto e, fico a aguardar a V. resposta.
anima-s@sapo.pt
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