Aqui lhe envio o link de uma composição que o Miguel realizou no âmbito de um trabalho do Conservatório sobre uma música de tipo contemporânea. A ideia foi de reunir clássico e contemporâneo. O Miguel escolheu uma figura política na pessoa de Otelo de Carvalho porque na ideia dele havia convergência entre o personagem e a ideia progressista da cidade de Coimbra. Quanto à técnica utilizada e ainda segundo ele, está no espírito das ideias Coimbrãs.
O título é Fa do Tigre
Fa -porque escrito em fa
do-associação de palavra
Tigre - pseudónimo codificado de Otelo na noite de 25 Abril 74
Henrique Raposo
Os irmãos Miguel e Philippe Raposo estão de parabéns pela composição apresentada. Abrem-se novos caminhos à guitarra, o que é de louvar. Não é uma peça fácil de se apreciar à primeira. Terá que se ouvir mais que uma vez, para se apreciar a sua beleza.
5 Comentários:
Numa das minhas visitas habituais ao blog "Duo Raposo", há uns dias atrás, já tinha sido surpreendida por esta peça tão original. Só não a publiquei porque entendi que merecia destaque num blog com a categoria do Guitarras de Coimbra.
Muitos parabéns ao Miguel e ao Philippe por este excelente e inovador trabalho.
É de facto de louvar que comecem a existir, para a guitarra, peças de outros "mundos" musicais, outras abordagens ... Contudo, tenho que confessar que foi realmente complicado apreciar esta peça. Embora seja uma inovação, não se deve aceitar qualquer coisa que rompa as linhas tradicionais. Não sei se é o caso desta peça ou não, porque penso que ainda não estou preparado para avaliar. Penso apenas que é bom que não se comece a dizer, como já diz, que por agora se tocar música erudita, contemporânea, etc, na guitarra portuguesa, tudo o que tem sido tocado e cantado ao longo dos tempos não tem valor, "porque se trata de um instrumento limitadíssimo, que não passa de instrumentozito popular". Segundo o autor destas ideias, só existiram 2 ou 3 guitarristas de verdade, um deles é ele próprio.
Uma boa resposta a Ricardo Rocha que, entrevistado por Cristina Margato, dizia a uma dada altura: “Aquilo que faço não é original. Destaca-se pelo distanciamento das duas linguagens que a guitarra tem: a de Lisboa e a de Coimbra. Mais nada. Só se pode dizer que nunca se ouviu a guitarra abordar determinado género ou estilo musical erudito. Isso nunca se ouviu. Daí marcar a diferença. O conteúdo não é original. A sensação que tenho é que não é possível fazer nada de diferente numa grelha de 12 sons, como é o caso da ocidental. Esse tempo já foi; e esse código já foi explorado à exaustão.”
Ó gente temerosa não tenhais receio que a música dos Paredes, de Caldeira Cabral, de Octávio Sérgio…continua a ser amada e executada com interesse pelas gerações mais novas, entre as quais estão estes dois irmãos, Miguel e Philippe, apesar dos seus estudos os elevarem a outros níveis como, por exemplo,o da música contemporânea.
Caro amigo ... Uma bom resposta seria sim, o "Contemporâneo" não presta! Tudo na arte que tenha este "rótulo" é para esquecer!
Já agora gostava que o nosso amigo Octávio publcasse o vídeo seguinte
http://www.youtube.com/watch?v=0H80kuYS_dc&feature=related !!!
Este é com Carlos Paredes e o Maestro A. Victorino d'Almeida.
Será que os professores do Conservatório em que estudam os irmãos Raposo "estão loucos"?
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