sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A canção de Coimbra é indiscutivelmente um dos valores e caracterizadores mais óbvios dos fortes vínculos de continuidade e evolução que a cidade tem vindo a ter, todos eles circundantes a uma matriz geradora de uma personalidade ímpar, maturizada pela força de um elemento maior e adulto: a Tradição.

Em Coimbra, a Tradição sempre foi, desde tempos afonsinos, um vector de congregação e unidade que foi pondo à cidade uma patine de respeitabilidade e personalidade únicas.

Mais próximos do nosso tempo e a partir de meados do século XIX, a canção referida, vulgarmente designada por Fado, passa a ser um elo fortíssimo dessa complexa tradição, e ao mesmo tempo uma corrente caracterizadora de uma academia muito vigorosa, respeitada e independente. Aos poucos, a canção coimbrã ganhou estatuto e com ele veio o direito de representação “monumental” da cidade e seus estudantes.

Hoje, a canção de Coimbra vale tanto como a Torre da Universidade ou o Mondego, como Santa Cruz ou a Sé Velha, e a sua divulgação universal deu a conhecer a cidade e o seu património.

Os estudantes, desde sempre ligados umbilicalmente a esta canção e responsáveis pela maioria esmagadora das suas composições, tiveram e têm, através dela, um papel de caracterização e personalização da cidade únicos. São intrínsecos personagens da sua história e em conjunto sempre construíram, à sua volta, uma riqueza cultural de tal forma intensa e madura que obviamente lhes conferiu o direito de serem seus arautos, pares e escribas dessa sua história!

Por todas estas razões se entendeu ser hora de ornamentar a história cultural já conhecida desta cidade com o contributo contado de um inicial lote de estudantes de Coimbra cantores, guitarristas e poetas, hoje nacionalmente conhecidos e reconhecidos, que pela sua vivência intensa e preenchida possam vir a deliciar-nos com estórias e relatos, crónicas e pormenores, salpicados de canções e até coscuvilhices, porque não? que de facto ornamentem e enriqueçam o conhecimento que temos da cidade, suas gentes, seus monumentos e períodos académicos, greves, repúblicas, acontecimentos culturais, pessoas menos conhecidas, enfim, um recheio social citadino, feito de tudo e de nada, que saborosamente se oiça, deseje e torne mais rico quem o escute.

Vírgilio Caseiro

Paulo Soares e Luís Alcoforado no lançamento de uma revista em Lisboa, no hotel Tivoli.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Concerto Prestígio


FERNADA ROVIRA

Pavilhão Centro de Portugal
Parque Verde do Mondego - Coimbra
29 de Outubro de 2009
21h30
( entrada livre)
Co-organização : Câmara Municipal de Coimbra / Orquestra Clássica do Centro

1ª Parte

Abertura Escravos Felizes J. Arriaga

Sinfonia nº 1, op. 21 em Dó M Beethoven

2ª Parte

Suite Aeminium: J. Firmino

I – Velha Universidade
II- Mosteiro de Stª Cruz
III- Penedo da Saudade
IV- Inês de Castro
V- Choupal
VI- Rainha Santa
VII- Rio Mondego

MARIA FERNANDA ROVIRA – Natural de Coimbra, iniciou os seus estudos musicais no Instituto de Música, com os Professores Mário de Sousa Santos e Cláudia Wilbraham, tendo concluído os Cursos Superiores de Piano e Canto Concerto no Conservatório de Música do Porto, nas classes das Professoras Berta Alves de Sousa e Stela da Cunha. Diplomou-se ainda com distinção no Curso Superior de Canto Teatral, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, na classe do Professor Hugo Casais.
Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou durante três anos a classe de “Lied e Ópera Alemã” do Professor Paul Von Schillawsky, nos Cursos Internacionais de Férias da Costa do Sol.
Como Bolseira da mesma Fundação, estudou com os Professores Giovanni Voyer e Judith Freire.
Bolseira da Fundação Europeia da Cultura, frequent5ou os Cursos Internacionais de Santiago de Compostela, estudando com a grande interprete de Música Espanhola que foi “ Conchita Badia” prosseguindo os seus estudos em Barcelona com a mesma Professora.
Foi “Preparadora Técnica” do Coro da Universidade de Lisboa, em 1968 e 1969, deixando esse cargo por se ter ausentado para Itália como Bolseira.
Bolseira do Instituto de Alta Cultura, estudou em Milão, com três grandes nomes da Lírica Italiana:
Luiza Palazzini – Técnica Vocal
Carla Castellani – Técnica e Interpretação
Mafalda Favero – Interpretação e Cena
Em Milão, fez-se ouvir em vários concertos de Música Portuguesa e Espanhola. Em Portugal, tem actuado em recitais de Canto, na Rádio Difusão Portuguesa, Rádio Televisão, Pró – Arte, Círculo Portuense de Ópera, Círculo de Cultura Musical, Juventude Musical Portuguesa, Teatro Nacional de São Carlos e Teatro São Luís.
Fundadora da Delegação de Coimbra da Juventude Musical Portuguesa, pertenceu também durante vários anos às Direcções do Círculo de Cultura Musical e Pró – Arte, na mesma cidade.
Directora e Professora de Canto do Conservatório Regional de Coimbra, desde 1961 até 2002 fundadora do Coro deste Conservatório, hoje Coral Poliphónico de Coimbra, foi ainda Professora de Canto na Academia de Amadores de Música de Lisboa cerca de 20 anos.
Tem dedicado também, parte do seu tempo, a fazer correcções ortofónicas (disfonias funcionais e nódulos vocais), com tanto êxito que a classificaram já como “foniatra” de invulgar valor.
Tem participado como Júri de vários Concursos de Canto, nomeadamente no “Prémio João Arroios”, Juventude Musical e “Prémio Tomáz de Alcaide”.
Em Outubro de 1977 entrou para o Teatro Nacional de São Carlos, como Solista-Coral e em 1980 ingressou no “Grupo de Solista” do mesmo Teatro. Desde então, actuou em todas as Temporadas de Ópera, quer como coralista, quer como solista, pertencendo ao quadro de “Artistas Residentes” deste Teatro até Outubro de 1997.
Fundadora do Conservatório de Música David de Sousa da Figueira da Foz no ano de 1985, foi Preparadora Técnica do Coro deste Conservatório onde ministrou o curso de Canto por vários anos.
Foi colaboradora do Maestro Álvaro Cassuto e Preparadora Técnica do Coro da Nova Filarmonia Portuguesa.
Fez parte do Corpo Docente da Classe de Canto, da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa até 1994.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Miguel Raposo e Philippe Raposo nos III Encontros Internacionais de Guitarra Portuguesa.

Vídeos com uma pequena parte da sua actuação no Pavilhão Centro de Portugal, executados por seu pai, Henrique Raposo.

http://www.youtube.com/user/hroosopar#p/u/0/Kk3wf8qVmOM

http://www.youtube.com/user/hroosopar#p/u/1/4l1SoCIoc6o

http://www.youtube.com/user/hroosopar#p/u/2/jahIbrMTuIU

http://www.youtube.com/user/hroosopar#p/u/3/bs6ezRBHE3s

http://www.youtube.com/user/hroosopar#p/u/4/S8WTEoakR_8

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