sábado, 26 de junho de 2010

António Portugal

António Portugal executa "Valsa para um tempo que passou", no programa Tempos de Coimbra, 1985, acompanhado por António Brojo (g), Aurélio Reis (v) e Luís Filipe (v). Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

Este vídeo funciona como uma pequena homenagem a António Portugal no aniversário da sua morte (26-6-1994).

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

BALADA [DE COIMBRA]



Música: Maria de Melo Furtado Caldeira Geraldes de Bourbon (1864-1944)
Letra: Afonso Lopes de Almeida (1888-1953)
Incipit: Vai descendo a serenata
Origem: não identificada
Supercategoria: Canção de Coimbra
Subcategoria: composições com coro ou refrão
Data: 1917

Há! Há! Há! Há!

Vai descendo a serenata
Pelo Mondego, a cantar
E o rio canta na mata
E a mata canta ao luar...

Foi no Choupal; soluçante,
Deste-me um beijo final
Desde essa noite distante
Há rouxinóis no Choupal.

Vai descendo a serenata
Geme a guitarra plangente
Ai, a saudade não mata
Mas faz chorar muita gente!

E desde a tua partida
Que eu me sinto triste assim
É que ando dentro da vida
Sem vida dentro de mim.

Há! Há! Há! Há!

Inicia-se a parte vocal com a entoação de um coro com a vocalização dos Há(s)! a duas vozes. Cantam-se as duas coplas sem repetições e com um coro de três vozes a boca fechada a acompanhar o solista. No fim há uma coda de Há(s) pelo solista acompanhado também por 3 vozes.

Informação complementar:

Serenata em compasso 6/8, na tonalidade de Dó Maior (=Ré Maior na afinação coimbrã) publicada pela Condessa de Proença-a-Velha no opúsculo Os nossos poetas. Melodias portuguesas. Vibrações de hoje, Volume II, Lisboa, 1934.

Conforme já se anotou nas fichas de inventário de outros espécimes da Canção de Coimbra, a Condessa de Proença foi uma fidalga ilustrada musicalmente que nutriu grande admiração pela vertente ultra-romântica da Canção de Coimbra. Das obras que compôs para estudantes e intérpretes da Canção de Coimbra entre 1904 e 1917 destaca-se esta Balada que integra uma das suas publicações impressas.

A Condessa de Proença cultivou a literatura infantil, veia que a poderá ter aproximado do escritor e poeta brasileiro Afonso Lopes de Almeida. Afonso Lopes de Almeida (1888-1953), nasceu e faleceu no Rio de Janeiro, filho do português Felinto de Almeida e da escritora e militante abolicionista Júlia Valentim Lopes de Almeida. Como tal, não causa surpresa que o autor da letra aborde a ideossincracia coimbrã com olhos e vocabulário que não eram exactamente aqueles a que estavam mais habituados os estudantes da Universidade de Coimbra. As quatro coplas foram extraídas da poesia «Fado de Coimbra».

O trabalho de reconstituição deve atender, na medida do possível, ao facto de estarmos em presença de uma composição expressamente concebida para a animação de serões em salões fidalgos de inícios do século XX. Instrumentos como o piano, a guitarra e o violino complementavam-se.

Não conhecemos registos fonográficos desta composição.

Transcrição: Octávio Sérgio (2010)
Pesquisa e texto: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes

Balada de Afonso Lopes Almeida e Maria Geraldes de Bourbon sound bite

José Mesquita canta "Súplica" no programa televisivo "Tempos de Coimbra", 1985, acompanhado por António Brojo e António Portugal em guitarra, Aurélio Reis e Luís Filipe em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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Aficionados do Fado

O Clube Aficionados do Fado informa que o Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho irá realizar a seguinte actividade:

Evento: Actuação na Festa do S. Pedro
Local: Largo da Raposeira - Cabeceiras de Basto;
Data: Sábado, 26 de Junho de 2010
Organização: Associação de Cavaquinhos da Raposeira
Entrada: Livre

Sugira o CAF a um amigo(a), enviando o seu enderço para aficionadosdofado@gmail.com
____________________________________________________
Clube Aficionados do Fado do
Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho
Telemóvel: 960 001 282
grupofados_um@portugalmail.pt
http://www.aficionadosdofado.blogspot.com/
http://www.grupofadosum.com/

Grande Noite do Fado de Coimbra

(Praça 8 de Maio – Frente à Igreja de Santa Cruz)

No próximo dia 2 de Junho, pelas 22h00, terá lugar a já tradicional “Grande Noite do Fado de Coimbra”, uma iniciativa da Associação Cultural “Coimbra Menina e Moça” e do Grupo de Fados “Guitarras de Coimbra", com o apoio da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra.

Com o Grupo “Guitarras de Coimbra” (António de Jesus, Alexandre Cortesão e Bernardino Gonçalves) actuarão os cantores Emanuel Maia, Felisberto Queiroz, João Rebelo, Joaquim Afonso, Mário Pais e Victor Sá e os cantores convidados Anarolino Fernandes, Augusto Camacho, Fernando Rolim, Alcindo Costa, José Henrique Dias e “Tito” Costa Santos.

Enviado por "Tito" Costa Santos

Concerto

http://www.festasdelisboa.com/?t=events#content_top

RICARDO PARREIRA CONVIDA CANTORES DE COIMBRA: DR. MACHADO SOARES, DR. LUIZ GOES E ANTÓNIO ATAÍDE
25 JUNHO SEXTA, 22H

CANCIONÁRIO” é o novo trabalho discográfico e espectáculo do guitarrista “Ricardo Parreira”. Depois do seu disco de estreia “Nas Veias de uma Guitarra – Tributo a Fernando Alvim”, prossegue agora numa nova viagem: um trabalho com base no fado, ainda que mais dedicado à música tradicional e popular portuguesa. Machado Soares e Luiz Goes dispensam apresentações. São as mais importantes referências do Fado de Coimbra da actualidade. Cada um com uma carreira de aproximadamente 50 anos, percorreram o mundo inteiro em representação da Música Portuguesa. António Ataíde, uma das mais brilhantes vozes da nova geração, integrou uma série de projectos relacionados com a Canção de Coimbra e tem vindo a fazer um dos percursos mais dignos pelo mundo fora.
Esta é a primeira vez que o Fado de Coimbra é convidado a participar na Festa do Fado, concluindo assim uma viagem aos caminhos da música portuguesa, que vai desde a música tradicional e popular e onde se cruza o Fado de Coimbra e Lisboa numa noite com vista sobre o Tejo e a Cidade.
Festas de Lisboa
http://www.festasdelisboa.com/
Extraído do Facebook.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fernando Rolim canta "Fado do 5º Ano Médico de 1928", no programa Tempos de Coimbra, 1985, RTP1, acompanhado por António Brojo e António Portugal em guitarra, Aurélio Reis e Luís Filipe em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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Alfredo Correia canta "Igreja de Santa Cruz" no programa Tempos de Coimbra, 1985, acompanhado por António Portugal e António Brojo em guitarra, Aurélio Reis e Luís Filipe em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Sérgio Azevedo (n.1968): "Reflections on a Portuguese Lullaby"

Vale a pena pôr em evidência um comentário de Eduardo Aroso sobre esta peça:

Peça musical de rara beleza. Momento feliz o do compositor, Sérgio Azevedo, que toma a ancestralidade da canção transmontana «Ó Menino Ó», uma das mais bonitas canções de embalar da nossa música tradicional : «Ó, menino ó/ ó, ó, menino, ó/ teu pai foi ao eiró/ tua mãe à borboleta/ logo te vem dar a teta».
O compositor desde o primeiro momento toma o espírito da canção e como que discretamente o vai mantendo, como se quisesse apenas dar os primeiros sons, ou seja, embalar da maneira mais simples (se a criança adormecer, pois bem). Mas logo se percebe que o compositor, lentamente, vai continuar com o seu embalo. Com tão poucas notas que, no fundo, constituem o tema, o compositor explora muito bem o registo do violino. É de salientar o perfeito equilíbrio – em minha modesta opinião – ou alternância violino/orquestra. Outra coisa não seria de esperar dos «pianos», «pianíssimos», «crescendos», etc da orquestra. Mas o que impressiona é que o compositor reduz toda a intervenção e massa orquestral ao mínimo, embora se faça sentir de quando em vez nos oportunos «crescendos» . Se quiséssemos lançar mão de uma imagem poética, dir-se-ia que pela delicadeza da interpretação e do próprio instrumento, o violino (quem embala), surge o sonho na criança, sonho esse que é toda a orquestra num fundo, o apenas necessário.
Eis o que se me oferece dizer e comentar, ainda que nem sempre munido da linguagem de crítica musical mais apropriada. Os meus parabéns ao compositor e também os meus agradecimentos por este momento de rara emoção estética.

Do Blog do Manel http://blog-do-manel.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de junho de 2010

António Bernardino canta "Guitarras do meu país", no programa televisivo "Tempos de Coimbra" de 1985, na RTP1, acompanhado por António Portugal e António Brojo em guitarra, Aurélio Reis e Luís Filipe em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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José Miguel Baptista canta, no programa televisivo "Tempos de Coimbra", de 1985, Saudades de Coimbra, acompanhado por António Brojo e António Portugal, em guitarra, Aurélio Reis e Luís Filipe, em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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Jorge Cravo e mais uma das suas interessantes crónicas sobre Guitarra e Canto de Coimbra. Diário de Coimbra de hoje.

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Festival de Guitarra Portuguesa do Algarve

Texto de Orlando Leite – A guitarra portuguesa, cada vez mais, começa a andar na boca do mundo, sinal de que o instrumento português por excelência começa finalmente a ter outra visibilidade. Ao contrário de outros instrumentos “primos” que se popularizam além fronteiras como o cistra (cítara) grega ou do cittern inglês, a guitarra portuguesa vivia enclausurado na sua melancolia. Com o surgimento de uma nova geração de tocadores, a guitarra portuguesa tem vindo a conquistar um espaço próprio no panorama musical nacional e internacional. Em Faro, a guitarra portuguesa conheceu nova realidade com a realização de um festival, o primeiro a nível nacional.
Com início no passado dia 10 de Junho, o Festival Guitarra Portuguesa contou ao longo dos quatro dias com uma dezena de construtores – Fernando Meireles, Óscar Cardoso, Pedro Caldeira Cabral; Nuno Cristo; Fernando Silva (Fanan dos Leques); João Pessoa; José Castro de Carvalho -, tocadores – Pedro Pinto; António Eustáquio, José Alegre; Luís Marques; Marta Costa; Simon Achida, Hugo Reis, entre muitos outros – e conferencistas – José Alberto Sardinha (A Origem do Fado); Luís Penedo (as origens da guitarra e Museu do Fado) e Pedro Caldeira Cabral (origem da guitarra, fabrico e afinações).
A arte performativa teve o seu espaço com Nuno Ferreira e Tatiana Barreiros que criaram, em forma de improviso na abertura do festival, “ A Rede”, complementando-a, no encerramento do festival, com instrumentos e outros elementos alusivos à guitarra portuguesa. A poesia marcou presença no primeiro dia com Afonso Dias.
A par do “Ciclo Guitarras Portuguesas com Grandes Mestres” (Paulo Soares, Pedro Caldeira Cabral e Custódio Castelo) a atracção principal do festival foi sem dúvida a exposição “Guitarra Portuguesa com Futuro”, que o ocupava o piso superior do Teatro Lethes. Imaginativa, facultativa e inter-activa esta exposição estava dividida em seis salas, tendo como elo de ligação a temática do festival. Miguel Cuña, responsável pela concepção da exposição, foi o nosso cicerone na visita ao primeiro andar do Teatro Lethes: Não se pretendeu criar uma exposição demasiado erudita, apesar de se apresentar vários exemplares de guitarras de diferentes épocas, estilos e construtores, mas sim um projecto com o intuito de juntar artes diversificadas como por exemplo escultura, grafitti, multimédia, talha, por um objectivo comum: criar um espaço que tenha uma componente estética muito forte mas que também tenha uma utilidade e que fosse um espaço “vivo”, interactivo, com uma dinâmica multidisciplinar e performativa. Posso dar como exemplo o facto de durante os dias do festival o construtor de guitarras José Castro Carvalho, entalhador de braços de guitarras portuguesas, trabalhar ao vivo numa das salas. Outro exemplo da interacção da exposição com o público é o facto de numa das salas, sala a que decidimos chamar de “Hands”, todos os visitantes, músicos ou não, tocarem, sentirem o peso das guitarras. Essa sala de quando em vez ficará um pouco “vazia” pois as guitarras têm que sair do sítio para os músicos tocarem nas tertúlias ou no palco. A exposição além de se criar um espaço de convívio no qual pessoas se sintam à vontade para estar, participar e mesmo dar ideias, pretende que surja alguma evolução nos conceitos e métodos. Isto é, ao juntar aqui pessoas com diferentes backgrounds tanto pessoais como académicos ou apenas curiosos se contribuía para que haja um maior fluxo de informação e troca de conhecimentos, pois é da diversidade que surge a evolução.
Descemos as escadas em direcção ao auditório para se falar dos concertos de noite.
Três mestres, três maneiras diferentes de abordar a guitarra portuguesa. A vertente mais classicista e concertante marcou presença com Pedro Caldeira Cabral; Coimbra teve mais encanto nas mãos de Paulo Soares e o improviso e virtuosismo deu pelo nome de Custódio Castelo.
As Tertúlias tiveram grandes momentos, dos quais destaco: António Eustáquio com o contrabaixista Carlos Barreto, o jovem Luís Marques de técnica apuradíssima mas que se aconselha a não ser um seguidor em toda a linha de Carlos Paredes, José Alegre, Simon Achida e, para não fazer deste artigo uma coisa apenas no masculino, a tocadora Marta Costa que vem evoluindo de forma surpreendente.
Sobre as conferências destaco sem dúvida alguma a de José Alberto Sardinha que veio falar sobre o seu novo livro “ A Origem do Fado”. Esclarecedora, dirigida com frontalidade sem artefactos superficiais a leigos e conhecedores.
Finalmente o seu a seu dono. A João Cuña, responsável directo por quatro excelentes dias com guitarra portuguesa. Uma organização sólida, bem idealizada e melhor concretizada.
O recado.
Aproveitando o facto de estar ainda ao gatilho da escrita uma chamada de atenção àqueles que devem servir a cultura e não servir-se dela.
Este primeiro Festival Guitarra Portuguesa merecia mais, muito mais, das entidades governamentais, camarárias e privadas. Jorra euros para as Vuvuzelas, futebóis e outros disparates, similares ou não, mas pouco para a nossa cultura. Como a guitarra que tem como apelido portuguesa.
Os agricultores pedem subsídios e não é por isso que são desconsiderados enquanto profissionais. Os pescadores pedem subsídios e não é por isso que os olham de lado. A indústria é subsidiada e ninguém o contesta. Há mesmo, imagine-se, quem preconize subsídios à economia e aos bancos… E ainda não vi ninguém rir-se! Mas uma entidade de âmbito cultural, como exemplo a Guitarra Portuguesa com Futuro, é de imediato conectada como “pedinte”, pois aos olhos dos tais de subsídios passam a vida a lamuriar-se, quando passam a vida a “divertir-se”.
Eu sei, há muito, que a Cultura em Portugal, não é vista como um bem de primeira necessidade, não é vista como um gerador de riqueza, e, tristemente os seus agentes não são levados a sério. Curiosamente, todos os dados e estatísticas da EU apontam em sentido contrário, pois a Cultura emprega milhões de pessoas na Europa (mais do que a indústria automóvel, por exemplo) e encerra um enorme potencial de inovação, competitividade e criação de postos de trabalho.
Dito isto, depois de disparar numa única direcção, fica-me a “azia” de não ter visto no Teatro Lethes, em quatro dias de festival com inícios quase madrugadores, um bar aberto, uma divulgação institucional visível…
Ou será que a Câmara Municipal de Faro não se apercebeu da magnitude e importância deste evento, social e culturalmente falando?
De: http://www.a23online.com/2010/06/14/a-guitarra-portuguesa/

domingo, 20 de junho de 2010

Augusto Camacho canta "Junto ao Mondego", do programa televisivo de José Mesquita, Canção de Coimbra - Anos 80, de 1989. É acompanhado por António Brojo e António Portugal em guitarra, Aurélio Reis, Humberto Matias e Luís Filipe em viola. Vídeo trabalhado por Jorge Limpo Serra.

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