sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Doação de Guitarras à cidade de Coimbra


Sessão de apresentação das guitarras de Artur/Carlos Paredes doadas à cidade de Coimbra, ontem, no Museu do Chiado. Em cima, primeira página do Diário de Coimbra com foto de Carlos Araújo e em baixo artigo do Diário as Beiras, com texto de Raquel Mesquita e foto de Luís Carregã.

Jorge Cravo

Depois do lançamento do livro "José Afonso - Da Boémia Coimbrã à Fraternidade Utópica", Jorge Cravo surpreende-nos agora com mais uma publicação, desta feita sobre o mais representativo cultor do Canto de Coimbra, com o título "Luiz Goes - O Neo-Modernismo na Canção de Coimbra ou o Advento da Escola Goesiana"
.
Luiz Goes é, a partir da segunda metade do século XX, uma figura incontornável e acima de quaisquer suspeitas quanto à importância que tem na evolução da Canção de Coimbra.
Ideologicamente a partir da escola modernista de Edmundo de Bettencourt, Goes encetou uma renovação na Canção de Coimbra que o guindou à posição de legítimo e único sucessor daquele poeta-cantor presencista na afirmação de uma Nova Canção de Coimbra. Ou seja, o Neo-Modernismo chega à Canção de Coimbra através da escola Goesiana.
Demonstrando uma grande generosidade e disponibilidade, Goes tem revelado, nos últimos anos, um envolvimento, um amor e uma ternura por esta Canção que o permitem indexar como um Mestre, na acepção plena da palavra. Com ele se aprende todo um imaginário a preservar e a actualizar para que se não perca a Canção de Coimbra.
Uma Canção que muito deve à sua profunda veia artística como autor, compositor, poeta e, fundamentalmente, cultor inimitável.

Jorge Cravo
Coimbra (n. 1961). Licenciatura em História e especialização em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Bibliotecário na Biblioteca Municipal de Coimbra. Cultor de Canção de Coimbra.

Discografia
Canções d’aqui (1988)
folha a folha (1999)
Canções d’inquietude (2005)

Bibliografia
1. Monografias
- A Canção de Coimbra em tempo de lutas estudantis (1961-1969): a vertente tradicional em tempo de mudanças e o Movimento das Trovas e Baladas como Canto de Intervenção académico (por ocasião dos 40 anos da Crise Académica de 1969). Coimbra: MinervaCoimbra, 2009.
- José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969). Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra, Departamento de Cultura, 2009.

2. Alguns artigos dispersos por livros, jornais e revistas locais:
- «A Geração de 80 da Canção de Coimbra», in Canção de Coimbra: testemunhos vivos (antologia de textos). Coimbra: Associação Académica de Coimbra, Direcção Geral, Pelouro da Cultura, 2002.
- «A presença e a Canção de Coimbra (ou o modernismo de uma nova visão estético-musical desta Canção)» in Munda, nº 45/46 (Nov. 2003).
- «A propósito da Candidatura da Canção de Coimbra a património da UNESCO» in Diário de Coimbra (13 Mar., 3-10 Abril, 2005).
- «O Fado de Coimbra não existe», in Rua Larga, nº8 (Abril, 2005).
- «José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969)» in Arquivo Coimbrão, vol. XL, 2008.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009





Doação à cidade de Coimbra de três guitarras de Artur/Carlos Paredes. Cerimónia protocolar, com intervenções de Maria José Azevedo Santos, Vereadora da Cultura, José Henrique Dias, Levy Batista e Carlos Encarnação, Presidente da Câmara.
No final, apontamento musical por Octávio Sérgio, Bruno Costa e Nuno Botelho.
Fotos de José Mesquita.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Guitarras de Carlos Paredes

As guitarras de Carlos Paredes oferecidas à cidade de Coimbra. Diário de Coimbra de hoje.

CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA

PRÉMIO EDMUNDO DE BETTENCOURT
(CANÇÃO DE COIMBRA)

No âmbito da Canção de Coimbra foi instituído pela Câmara Municipal de Coimbra o Prémio Edmundo de Bettencourt, a conceder bienalmente aquando da realização das Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel, realizando-se a sua quarta edição no ano de 2010.
Com este prémio pretende-se apoiar a edição do melhor trabalho discográfico de originais cantados e promover o aparecimento de novos valores na Canção de Coimbra.
Para atribuição do prémio, considera-se um disco de originais de Canção de Coimbra, aquele cujos temas que o constituam (no mínimo de 10 inéditos cantados), nunca tenham sido comercializados em qualquer suporte, como sejam, o vinil, cassete, disco compacto, minidisco, DVD, bem como noutras novas ou antigas tecnologias e suportes de comercialização da música e da imagem (cláusula 1ª do regulamento).
Os trabalhos concorrentes, apresentados em formato CD, em número de 5 cópias (cláusula 2ª do regulamento), devem ser enviados para: Casa Municipal da Cultura – Departamento de Cultura, “Prémio Edmundo de Bettencourt”, Rua Pedro Monteiro 3000-329 Coimbra, ou entregues em mão, no Gabinete de Apoio à Vereadora da Cultura até às 17 h do dia 1 de Fevereiro de 2010 (cláusula 3ª do regulamento).
O Júri apresentará à Câmara Municipal a sua proposta, sobre a qual recairá deliberação até ao dia 1 de Março de 2010, que deverá ser comunicada por escrito a todos os candidatos e tornada pública nos dez dias imediatos (cláusula 14ª do regulamento).
O prémio é oficialmente entregue na sessão solene de 4 de Julho de 2010, por ocasião do Feriado Municipal, e o disco tornado público num espectáculo de apresentação a realizar até final do ano.

Para mais informações e entrega do regulamento deve contactar
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
PELOURO DA CULTURA
Rua Pedro Monteiro
Telef. 239 70 26 30
3000-329 COIMBRA
Enviado por Jorge Cravo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Legado de Carlos Paredes a Coimbra





Legado de Carlos Paredes no Museu Municipal de Coimbra
Cerimónia de entrega das guitarras à cidade: dia 17; 17h30; Edifício Chiado

Carlos Paredes, exímio intérprete da guitarra portuguesa, deixou, em testamento, um legado de três das suas guitarras à cidade de Coimbra. É do conhecimento geral que Carlos Paredes, que nasceu em Coimbra, a 16 de Fevereiro de 1925 e faleceu em Lisboa, a 23 de Julho de 2004, apesar de ter vivido grande parte da sua vida em Lisboa, manteve sempre um grande afecto por Coimbra, quer por ligações familiares, quer pelos movimentos sociais e estudantis da cidade a que sempre se associou, quer, obviamente, pelo instrumento que pautou toda a sua vida – a guitarra.

De modo a perpetuar a associação do nome do grande mestre da guitarra a Coimbra, e uma vez que se trata da concretização de uma vontade do músico, com mostras de grande generosidade e apreço pela cidade, a entrega das guitarras será marcada, publicamente, através de um acto simbólico, sinónimo de agradecimento da cidade de Coimbra pela oferta dos três instrumentos ao Município, conforme o desejo do guitarrista.

A cerimónia da doação dos instrumentos realiza-se na próxima quinta-feira (dia 17 de Dezembro), às 17h30, no Museu Municipal (Edifício Chiado, à Rua Ferreira Borges) e contará com a presença de Carlos Encarnação, Presidente da Autarquia de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, Vereadora da Cultura, a que se associam alguns convidados que farão breves alocuções adequadas à ocasião: José Henriques Dias intervirá sobre “O legado de Carlos Paredes”, seguindo-se-lhe Levy Baptista, testamenteiro e amigo pessoal de Carlos Paredes, que centrará a sua intervenção nas razões que conduziram Paredes a oferecer as guitarras a Coimbra.

O legado de Carlos Paredes é constituído por três guitarras de Coimbra, todas elas construídas para Artur Paredes (pai e mestre de Carlos Paredes) por diferentes gerações de uma ilustre família de construtores de guitarras, a família Grácio.

A guitarra mais antiga remonta a 1962 e foi construída por João Pedro Grácio Júnior (Agualva-Cacém). Gilberto Grácio construiu, em Outubro de 1967, uma outra, com etiqueta de João Pedro Grácio Júnior. A última guitarra construída para Artur Paredes por João Pedro Grácio Júnior (em 1966) e aquela que foi mais frequentemente utilizada por Carlos Paredes nos concertos e registos fonográficos faz, também, parte do legado de Carlos Paredes à Cidade.

Numa cerimónia centrada em três das guitarras que, durante décadas, foram dedilhadas por dois dos mais nobres intérpretes da guitarra portuguesa, e porque ambos são indissociáveis da história do Fado e da Canção de Coimbra, o Município não poderia deixar de assinalar o momento com um breve apontamento musical, função que caberá aos guitarristas Octávio Sérgio e Bruno Costa, acompanhados pela guitarra clássica de Nuno Botelho.

A Vereadora da Cultura

Maria José Azevedo Santos

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pintar música com guitarra e com piano

Ricardo Rocha edita segundo álbum, "Luminismo", que nos traz uma dimensão diferente do músico.

O guitarrista e compositor Ricardo Rocha lançou o segundo álbum de originais, o duplo "Luminismo". No primeiro disco, toca como habitualmente o seu instrumento e no segundo a pianista Ingeborg Baldaszti interpreta originais por ele criados.

Ricardo Rocha tem 35 anos (nasceu do ano da revolução de Abril e isso por si só já é significativo) e uma forma peculiar de abordar a guitarra portuguesa. Apesar de evocar os nomes de Carlos Paredes e de Pedro Caldeira Cabral como faróis que o norteiam - e isso sente-se principalmente quando interpreta temas de ambos - o certo é que a forma como explora esse instrumento bem português nos atira para sonoridades contemporâneas. Ou seja, sente-se que os seus horizontes musicais são bem diversos e que há uma preocupação de arrancar a guitarra portuguesa ao passado e trazê-la para os nossos dias.

Ricardo é neto de um mestre da guitarra portuguesa, Fontes Rocha, tendo começado bem cedo a trilhar os caminhos da música. Aos 16 anos ainda terá hesitado entre o piano e a guitarra, mas o peso desta última, talvez pela herança de família, acabou por se impor.

Começamos por ouvi-lo em discos durante a década de 90 ao lado de João Paulo Esteves da Silva, Maria Ana Bobone, Vitorino, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, entre outros.

Em 2003, assinou o álbum de estreia, "Voluptuária", em guitarra portuguesa a solo, que lhe rendeu vários prémios, alguns dos quais nem sabia da sua existência. Quatro anos mais tarde gravou um disco de guitarradas, "Tributo à guitarra portuguesa".

No presente ano, Maria Ana Bobone e Isabel Roseta convenceram-no a compor fados e a mais recente estrela do meio, Carminho, convidou-o a interpretar um desses originais no seu disco de estreia.

Há poucos dias, Ricardo Rocha editou o grande projecto da sua carreira até ao momento, "Luminismo", álbum em que junta a escrita de temas destinados à guitarra portuguesa e ao piano.

No disco de guitarra, gravado na igreja do Convento dos Capuchos, na Costa de Caparica, interpreta dois temas de Carlos Paredes, três de Pedro Caldeira Cabral, um de Artur Paredes e seis de sua autoria. Nunca tinha tocado qualquer uma destas peças, "até porque nem gosto muito de me repetir", como confessou à agência Lusa.

No CD de piano, gravado no Auditório Olga Cadaval, em Sintra, Ricardo confia os seus originais à pianista austríaca Ingeborg Baldaszti, que habitualmente interpreta as obras de António Vitorino de Almeida. Alguns dos temas que aqui se ouvem têm mais de 10 anos. Mas uma coisa é certa: mostram-nos uma outra faceta do guitarrista e compositor, uma vez que nos faz navegar entre Scriabin , serialismo ou Pierre Boulez. Por aqui ficamos a entender porque é que a sua guitarra nos soa tão diferente das dos seus predecessores.

Luminismo é uma técnica pictória associada a pintores norte-americanos dos finais do século XIX. No presente caso, significa a criatividade de alguém que se serve da guitarra e do piano para pintar as suas paisagens musicais.
RUI BRANCO
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(Enviado por Hugo Reis, do Jornal de Notícias de hoje)

àCapella - Fado de Coimbra


Disco bem concebido, com bons intérpretes, uma boa contribuição para que a Guitarra e o Canto de Coimbra não se percam.
Nas guitarras: Bruno Costa e Ricardo Dias.
Nas violas: Nuno Botelho e Luís Ferreirinha.
No canto: Nuno Silva e António Ataíde.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Prémio Lopes-Graça de Composição 2009

Sessão/Concerto de entrega do 12º Prémio Lopes-Graça de Composição, a 17 de Dezembro.