GUITARRA DE COIMBRA III
Continuação dos Blogs Guitarra de Coimbra II (http://guitarrasdecoimbra.blogspot.com/) e Guitarra de Coimbra I (http://guitarradecoimbra.blogspot.com/)
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Jorge Cravo

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Luiz Goes é, a partir da segunda metade do século XX, uma figura incontornável e acima de quaisquer suspeitas quanto à importância que tem na evolução da Canção de Coimbra.
Ideologicamente a partir da escola modernista de Edmundo de Bettencourt, Goes encetou uma renovação na Canção de Coimbra que o guindou à posição de legítimo e único sucessor daquele poeta-cantor presencista na afirmação de uma Nova Canção de Coimbra. Ou seja, o Neo-Modernismo chega à Canção de Coimbra através da escola Goesiana.
Demonstrando uma grande generosidade e disponibilidade, Goes tem revelado, nos últimos anos, um envolvimento, um amor e uma ternura por esta Canção que o permitem indexar como um Mestre, na acepção plena da palavra. Com ele se aprende todo um imaginário a preservar e a actualizar para que se não perca a Canção de Coimbra.
Uma Canção que muito deve à sua profunda veia artística como autor, compositor, poeta e, fundamentalmente, cultor inimitável.
Jorge Cravo
Coimbra (n. 1961). Licenciatura em História e especialização em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Bibliotecário na Biblioteca Municipal de Coimbra. Cultor de Canção de Coimbra.
Discografia
Canções d’aqui (1988)
folha a folha (1999)
Canções d’inquietude (2005)
Bibliografia
1. Monografias
- A Canção de Coimbra em tempo de lutas estudantis (1961-1969): a vertente tradicional em tempo de mudanças e o Movimento das Trovas e Baladas como Canto de Intervenção académico (por ocasião dos 40 anos da Crise Académica de 1969). Coimbra: MinervaCoimbra, 2009.
- José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969). Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra, Departamento de Cultura, 2009.
2. Alguns artigos dispersos por livros, jornais e revistas locais:
- «A Geração de 80 da Canção de Coimbra», in Canção de Coimbra: testemunhos vivos (antologia de textos). Coimbra: Associação Académica de Coimbra, Direcção Geral, Pelouro da Cultura, 2002.
- «A presença e a Canção de Coimbra (ou o modernismo de uma nova visão estético-musical desta Canção)» in Munda, nº 45/46 (Nov. 2003).
- «A propósito da Candidatura da Canção de Coimbra a património da UNESCO» in Diário de Coimbra (13 Mar., 3-10 Abril, 2005).
- «O Fado de Coimbra não existe», in Rua Larga, nº8 (Abril, 2005).
- «José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969)» in Arquivo Coimbrão, vol. XL, 2008.
Ideologicamente a partir da escola modernista de Edmundo de Bettencourt, Goes encetou uma renovação na Canção de Coimbra que o guindou à posição de legítimo e único sucessor daquele poeta-cantor presencista na afirmação de uma Nova Canção de Coimbra. Ou seja, o Neo-Modernismo chega à Canção de Coimbra através da escola Goesiana.
Demonstrando uma grande generosidade e disponibilidade, Goes tem revelado, nos últimos anos, um envolvimento, um amor e uma ternura por esta Canção que o permitem indexar como um Mestre, na acepção plena da palavra. Com ele se aprende todo um imaginário a preservar e a actualizar para que se não perca a Canção de Coimbra.
Uma Canção que muito deve à sua profunda veia artística como autor, compositor, poeta e, fundamentalmente, cultor inimitável.
Jorge Cravo
Coimbra (n. 1961). Licenciatura em História e especialização em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Bibliotecário na Biblioteca Municipal de Coimbra. Cultor de Canção de Coimbra.
Discografia
Canções d’aqui (1988)
folha a folha (1999)
Canções d’inquietude (2005)
Bibliografia
1. Monografias
- A Canção de Coimbra em tempo de lutas estudantis (1961-1969): a vertente tradicional em tempo de mudanças e o Movimento das Trovas e Baladas como Canto de Intervenção académico (por ocasião dos 40 anos da Crise Académica de 1969). Coimbra: MinervaCoimbra, 2009.
- José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969). Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra, Departamento de Cultura, 2009.
2. Alguns artigos dispersos por livros, jornais e revistas locais:
- «A Geração de 80 da Canção de Coimbra», in Canção de Coimbra: testemunhos vivos (antologia de textos). Coimbra: Associação Académica de Coimbra, Direcção Geral, Pelouro da Cultura, 2002.
- «A presença e a Canção de Coimbra (ou o modernismo de uma nova visão estético-musical desta Canção)» in Munda, nº 45/46 (Nov. 2003).
- «A propósito da Candidatura da Canção de Coimbra a património da UNESCO» in Diário de Coimbra (13 Mar., 3-10 Abril, 2005).
- «O Fado de Coimbra não existe», in Rua Larga, nº8 (Abril, 2005).
- «José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969)» in Arquivo Coimbrão, vol. XL, 2008.
http://minervacoimbra.blogspot.com
Edições MinervaCoimbra
Livraria Minerva Galeria
Rua de Macau, 52
3030-059 Coimbra
Contactos:
Telm.: 917640027
Tel: 239 701117 / 239 716204
Fax: 239 717267
Email: minervacoimbra@gmail.com
Etiquetas: Jorge Cravo
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009





No final, apontamento musical por Octávio Sérgio, Bruno Costa e Nuno Botelho.
Fotos de José Mesquita.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA
PRÉMIO EDMUNDO DE BETTENCOURT
(CANÇÃO DE COIMBRA)
No âmbito da Canção de Coimbra foi instituído pela Câmara Municipal de Coimbra o Prémio Edmundo de Bettencourt, a conceder bienalmente aquando da realização das Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel, realizando-se a sua quarta edição no ano de 2010.
Com este prémio pretende-se apoiar a edição do melhor trabalho discográfico de originais cantados e promover o aparecimento de novos valores na Canção de Coimbra.
Para atribuição do prémio, considera-se um disco de originais de Canção de Coimbra, aquele cujos temas que o constituam (no mínimo de 10 inéditos cantados), nunca tenham sido comercializados em qualquer suporte, como sejam, o vinil, cassete, disco compacto, minidisco, DVD, bem como noutras novas ou antigas tecnologias e suportes de comercialização da música e da imagem (cláusula 1ª do regulamento).
Os trabalhos concorrentes, apresentados em formato CD, em número de 5 cópias (cláusula 2ª do regulamento), devem ser enviados para: Casa Municipal da Cultura – Departamento de Cultura, “Prémio Edmundo de Bettencourt”, Rua Pedro Monteiro 3000-329 Coimbra, ou entregues em mão, no Gabinete de Apoio à Vereadora da Cultura até às 17 h do dia 1 de Fevereiro de 2010 (cláusula 3ª do regulamento).
O Júri apresentará à Câmara Municipal a sua proposta, sobre a qual recairá deliberação até ao dia 1 de Março de 2010, que deverá ser comunicada por escrito a todos os candidatos e tornada pública nos dez dias imediatos (cláusula 14ª do regulamento).
O prémio é oficialmente entregue na sessão solene de 4 de Julho de 2010, por ocasião do Feriado Municipal, e o disco tornado público num espectáculo de apresentação a realizar até final do ano.
Para mais informações e entrega do regulamento deve contactar
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
PELOURO DA CULTURA
Rua Pedro Monteiro
Telef. 239 70 26 30
3000-329 COIMBRA
(CANÇÃO DE COIMBRA)
No âmbito da Canção de Coimbra foi instituído pela Câmara Municipal de Coimbra o Prémio Edmundo de Bettencourt, a conceder bienalmente aquando da realização das Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel, realizando-se a sua quarta edição no ano de 2010.
Com este prémio pretende-se apoiar a edição do melhor trabalho discográfico de originais cantados e promover o aparecimento de novos valores na Canção de Coimbra.
Para atribuição do prémio, considera-se um disco de originais de Canção de Coimbra, aquele cujos temas que o constituam (no mínimo de 10 inéditos cantados), nunca tenham sido comercializados em qualquer suporte, como sejam, o vinil, cassete, disco compacto, minidisco, DVD, bem como noutras novas ou antigas tecnologias e suportes de comercialização da música e da imagem (cláusula 1ª do regulamento).
Os trabalhos concorrentes, apresentados em formato CD, em número de 5 cópias (cláusula 2ª do regulamento), devem ser enviados para: Casa Municipal da Cultura – Departamento de Cultura, “Prémio Edmundo de Bettencourt”, Rua Pedro Monteiro 3000-329 Coimbra, ou entregues em mão, no Gabinete de Apoio à Vereadora da Cultura até às 17 h do dia 1 de Fevereiro de 2010 (cláusula 3ª do regulamento).
O Júri apresentará à Câmara Municipal a sua proposta, sobre a qual recairá deliberação até ao dia 1 de Março de 2010, que deverá ser comunicada por escrito a todos os candidatos e tornada pública nos dez dias imediatos (cláusula 14ª do regulamento).
O prémio é oficialmente entregue na sessão solene de 4 de Julho de 2010, por ocasião do Feriado Municipal, e o disco tornado público num espectáculo de apresentação a realizar até final do ano.
Para mais informações e entrega do regulamento deve contactar
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
PELOURO DA CULTURA
Rua Pedro Monteiro
Telef. 239 70 26 30
3000-329 COIMBRA
Enviado por Jorge Cravo
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Legado de Carlos Paredes a Coimbra



Legado de Carlos Paredes no Museu Municipal de Coimbra
Cerimónia de entrega das guitarras à cidade: dia 17; 17h30; Edifício Chiado
Carlos Paredes, exímio intérprete da guitarra portuguesa, deixou, em testamento, um legado de três das suas guitarras à cidade de Coimbra. É do conhecimento geral que Carlos Paredes, que nasceu em Coimbra, a 16 de Fevereiro de 1925 e faleceu em Lisboa, a 23 de Julho de 2004, apesar de ter vivido grande parte da sua vida em Lisboa, manteve sempre um grande afecto por Coimbra, quer por ligações familiares, quer pelos movimentos sociais e estudantis da cidade a que sempre se associou, quer, obviamente, pelo instrumento que pautou toda a sua vida – a guitarra.
De modo a perpetuar a associação do nome do grande mestre da guitarra a Coimbra, e uma vez que se trata da concretização de uma vontade do músico, com mostras de grande generosidade e apreço pela cidade, a entrega das guitarras será marcada, publicamente, através de um acto simbólico, sinónimo de agradecimento da cidade de Coimbra pela oferta dos três instrumentos ao Município, conforme o desejo do guitarrista.
A cerimónia da doação dos instrumentos realiza-se na próxima quinta-feira (dia 17 de Dezembro), às 17h30, no Museu Municipal (Edifício Chiado, à Rua Ferreira Borges) e contará com a presença de Carlos Encarnação, Presidente da Autarquia de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, Vereadora da Cultura, a que se associam alguns convidados que farão breves alocuções adequadas à ocasião: José Henriques Dias intervirá sobre “O legado de Carlos Paredes”, seguindo-se-lhe Levy Baptista, testamenteiro e amigo pessoal de Carlos Paredes, que centrará a sua intervenção nas razões que conduziram Paredes a oferecer as guitarras a Coimbra.
O legado de Carlos Paredes é constituído por três guitarras de Coimbra, todas elas construídas para Artur Paredes (pai e mestre de Carlos Paredes) por diferentes gerações de uma ilustre família de construtores de guitarras, a família Grácio.
A guitarra mais antiga remonta a 1962 e foi construída por João Pedro Grácio Júnior (Agualva-Cacém). Gilberto Grácio construiu, em Outubro de 1967, uma outra, com etiqueta de João Pedro Grácio Júnior. A última guitarra construída para Artur Paredes por João Pedro Grácio Júnior (em 1966) e aquela que foi mais frequentemente utilizada por Carlos Paredes nos concertos e registos fonográficos faz, também, parte do legado de Carlos Paredes à Cidade.
Numa cerimónia centrada em três das guitarras que, durante décadas, foram dedilhadas por dois dos mais nobres intérpretes da guitarra portuguesa, e porque ambos são indissociáveis da história do Fado e da Canção de Coimbra, o Município não poderia deixar de assinalar o momento com um breve apontamento musical, função que caberá aos guitarristas Octávio Sérgio e Bruno Costa, acompanhados pela guitarra clássica de Nuno Botelho.
A Vereadora da Cultura
Maria José Azevedo Santos
Cerimónia de entrega das guitarras à cidade: dia 17; 17h30; Edifício Chiado
Carlos Paredes, exímio intérprete da guitarra portuguesa, deixou, em testamento, um legado de três das suas guitarras à cidade de Coimbra. É do conhecimento geral que Carlos Paredes, que nasceu em Coimbra, a 16 de Fevereiro de 1925 e faleceu em Lisboa, a 23 de Julho de 2004, apesar de ter vivido grande parte da sua vida em Lisboa, manteve sempre um grande afecto por Coimbra, quer por ligações familiares, quer pelos movimentos sociais e estudantis da cidade a que sempre se associou, quer, obviamente, pelo instrumento que pautou toda a sua vida – a guitarra.
De modo a perpetuar a associação do nome do grande mestre da guitarra a Coimbra, e uma vez que se trata da concretização de uma vontade do músico, com mostras de grande generosidade e apreço pela cidade, a entrega das guitarras será marcada, publicamente, através de um acto simbólico, sinónimo de agradecimento da cidade de Coimbra pela oferta dos três instrumentos ao Município, conforme o desejo do guitarrista.
A cerimónia da doação dos instrumentos realiza-se na próxima quinta-feira (dia 17 de Dezembro), às 17h30, no Museu Municipal (Edifício Chiado, à Rua Ferreira Borges) e contará com a presença de Carlos Encarnação, Presidente da Autarquia de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, Vereadora da Cultura, a que se associam alguns convidados que farão breves alocuções adequadas à ocasião: José Henriques Dias intervirá sobre “O legado de Carlos Paredes”, seguindo-se-lhe Levy Baptista, testamenteiro e amigo pessoal de Carlos Paredes, que centrará a sua intervenção nas razões que conduziram Paredes a oferecer as guitarras a Coimbra.
O legado de Carlos Paredes é constituído por três guitarras de Coimbra, todas elas construídas para Artur Paredes (pai e mestre de Carlos Paredes) por diferentes gerações de uma ilustre família de construtores de guitarras, a família Grácio.
A guitarra mais antiga remonta a 1962 e foi construída por João Pedro Grácio Júnior (Agualva-Cacém). Gilberto Grácio construiu, em Outubro de 1967, uma outra, com etiqueta de João Pedro Grácio Júnior. A última guitarra construída para Artur Paredes por João Pedro Grácio Júnior (em 1966) e aquela que foi mais frequentemente utilizada por Carlos Paredes nos concertos e registos fonográficos faz, também, parte do legado de Carlos Paredes à Cidade.
Numa cerimónia centrada em três das guitarras que, durante décadas, foram dedilhadas por dois dos mais nobres intérpretes da guitarra portuguesa, e porque ambos são indissociáveis da história do Fado e da Canção de Coimbra, o Município não poderia deixar de assinalar o momento com um breve apontamento musical, função que caberá aos guitarristas Octávio Sérgio e Bruno Costa, acompanhados pela guitarra clássica de Nuno Botelho.
A Vereadora da Cultura
Maria José Azevedo Santos
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Pintar música com guitarra e com piano

O guitarrista e compositor Ricardo Rocha lançou o segundo álbum de originais, o duplo "Luminismo". No primeiro disco, toca como habitualmente o seu instrumento e no segundo a pianista Ingeborg Baldaszti interpreta originais por ele criados.
Ricardo Rocha tem 35 anos (nasceu do ano da revolução de Abril e isso por si só já é significativo) e uma forma peculiar de abordar a guitarra portuguesa. Apesar de evocar os nomes de Carlos Paredes e de Pedro Caldeira Cabral como faróis que o norteiam - e isso sente-se principalmente quando interpreta temas de ambos - o certo é que a forma como explora esse instrumento bem português nos atira para sonoridades contemporâneas. Ou seja, sente-se que os seus horizontes musicais são bem diversos e que há uma preocupação de arrancar a guitarra portuguesa ao passado e trazê-la para os nossos dias.
Ricardo é neto de um mestre da guitarra portuguesa, Fontes Rocha, tendo começado bem cedo a trilhar os caminhos da música. Aos 16 anos ainda terá hesitado entre o piano e a guitarra, mas o peso desta última, talvez pela herança de família, acabou por se impor.
Começamos por ouvi-lo em discos durante a década de 90 ao lado de João Paulo Esteves da Silva, Maria Ana Bobone, Vitorino, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, entre outros.
Em 2003, assinou o álbum de estreia, "Voluptuária", em guitarra portuguesa a solo, que lhe rendeu vários prémios, alguns dos quais nem sabia da sua existência. Quatro anos mais tarde gravou um disco de guitarradas, "Tributo à guitarra portuguesa".
No presente ano, Maria Ana Bobone e Isabel Roseta convenceram-no a compor fados e a mais recente estrela do meio, Carminho, convidou-o a interpretar um desses originais no seu disco de estreia.
Há poucos dias, Ricardo Rocha editou o grande projecto da sua carreira até ao momento, "Luminismo", álbum em que junta a escrita de temas destinados à guitarra portuguesa e ao piano.
No disco de guitarra, gravado na igreja do Convento dos Capuchos, na Costa de Caparica, interpreta dois temas de Carlos Paredes, três de Pedro Caldeira Cabral, um de Artur Paredes e seis de sua autoria. Nunca tinha tocado qualquer uma destas peças, "até porque nem gosto muito de me repetir", como confessou à agência Lusa.
No CD de piano, gravado no Auditório Olga Cadaval, em Sintra, Ricardo confia os seus originais à pianista austríaca Ingeborg Baldaszti, que habitualmente interpreta as obras de António Vitorino de Almeida. Alguns dos temas que aqui se ouvem têm mais de 10 anos. Mas uma coisa é certa: mostram-nos uma outra faceta do guitarrista e compositor, uma vez que nos faz navegar entre Scriabin , serialismo ou Pierre Boulez. Por aqui ficamos a entender porque é que a sua guitarra nos soa tão diferente das dos seus predecessores.
Luminismo é uma técnica pictória associada a pintores norte-americanos dos finais do século XIX. No presente caso, significa a criatividade de alguém que se serve da guitarra e do piano para pintar as suas paisagens musicais.
RUI BRANCO
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(Enviado por Hugo Reis, do Jornal de Notícias de hoje)